UMA HISTÓRIA DE GRATIDÃO POR MINEIROS

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Há dez anos, mais precisamente no dia 15 de setembro de 2011, o grupo Le Caravelle chegava a nossa cidade para fazer história.

Ao contrário do que alguns pensam, a vinda do Ipê Shopping para Mineiros não foi tão simples assim, não aconteceu da noite para o dia. Foi um trabalho prestado em várias etapas, com critério, estratégia, persistência e determinação.

Por trás de tudo existe uma história de luta da empresária mineirense Maria Luzia Batista dos Santos. Nesta entrevista exclusiva à Olhaki revista ela fala como tudo aconteceu e abre o coração para contar detalhes de sua vida. Comenta, ainda, o andamento da Fundação Coccinella e fala sobre os empreendimentos do grupo Le Caravelle na cidade.

Sempre houve da nossa parte uma curiosidade jornalística em saber mais sobre a Maria Luzia e sobre os projetos que você sempre defendeu para Mineiros. Vamos à entrevista?
Maria Luzia – Ao iniciar essa entrevista, que julgo esclarecedora, quero dizer que nasci em Mineiros. Que não me mudei daqui por desprezo às minhas origens ou por não gostar desta bela e maravilhosa cidade. Pelo contrário, deixei-a com o objetivo de me capacitar para um dia ser útil às pessoas que aqui vivem, aos meus conterrâneos, que, como eu, querem uma cidade desenvolvida, com lazer para todos, com emprego para os que querem trabalhar. Uma cidade com opções de compras, sem a necessidade de se deslocar a outros centros urbanos.

Eu não conseguiria contar em poucas palavras como tudo começou. Mas pretendo resumir, para melhor entendimento dos leitores.

De onde vem tanta força e coragem?
Maria Luzia – Eu tive e tenho um consultor maravilhoso. Ele sempre me orientou, encorajou, guiou e me fortaleceu sem pedir nada em troca, a não ser para seguir seus ensinamentos. Tenho certeza de que não correspondo a tudo que Ele me pede, mas Ele é tão maravilhoso que, mesmo assim, nunca me abandonou. Esse meu Mestre de todas as horas é Deus. É Ele o responsável por tudo que me foi permitido fazer até agora. Sem sua ajuda, não teria nem mesmo feito um curso superior, porque sou de família pobre financeiramente e com baixo nível cultural. Me mudei para Goiânia para estudar; lá fiz Psicologia com especialização em Gestão Estratégica Organizacional, na Universidade Católica de Goiás. Estudar Psicologia, em uma faculdade particular, na época, sem bolsa de auxílio governamental, não seria possível sem a benção de Deus. Ele me agraciou com a conquista de uma bolsa de estudos pela universidade, com 80% de desconto.

Depois da formação trabalhei em algumas empresas de Goiânia e passei quatro anos preparando minha ida para o exterior.

Por que a opção de morar no exterior?
Maria Luzia – Como disse, planejei durante alguns anos morar em um país desenvolvido, com economia sólida e industrializado. Queria vivenciar sua cultura, o empreendedorismo e, com isso, buscar algo para compartilhar com o meu país, de forma especial com minha querida Mineiros.

Desde minha saída de Goiânia para a Itália, até a chegada do shopping aqui, foram muitas as renúncias, muitas orações, trabalho, dedicação e persistência.

Através de uma amiga tive a oportunidade de conseguir emprego numa empresa de Milão. Os primeiros meses foram um verdadeiro desafio, mas, aos poucos, as portas foram se abrindo.

Conquistar amigos e a confiança do povo italiano exige muita lealdade. Aí prevaleceu o que de mais nobre recebi dos meus pais, meu bem maior, que é a honra de ser uma pessoa honesta.

Foi com essa conduta que passei a colocar em prática o grande projeto que me levou à Itália. Depois de quatro anos em busca de empresas para investir no Brasil, Deus me guiou a um grupo de investidores e a eles apresentei uma Pesquisa de Mercado e o Business Plan (Plano de Negócios) para instalação do primeiro shopping de Mineiros. Eles se interessaram em vir conhecer a região e tudo que Deus me deu como missão virou realidade.

Fale-nos um pouco sobre o grupo Le Caravelle, como ele é constituído e quais são seus empreendimentos?
Maria Luzia – O grupo é formado por mim e pela empresa italiana Due Mondi. Tenho uma pequena quota e sou sócia administradora do grupo Le Caravelle no Brasil. Nunca fui administradora do Ipê Shopping. Minha função empresarial sempre foi representar o grupo em todos os negócios dentro do nosso país, sobretudo no que toca à documentação, viabilidade e veracidade dos contratos de câmbio junto ao Banco Central, aprovação de verbas para despesas e investimentos. Tenho feito até mesmo a função de tradutora de idiomas, pois nenhum dos outros sócios mora no Brasil e não fala o português.
No nosso país já temos três empresas: o Ipê Shopping, o Loteamento Michelangelo e um posto de combustível, todas instaladas na nossa querida Mineiros. No momento, estamos programando a abertura de dois novos empreendimentos, cujos projetos estão em fase de formatação.

10 ANOS DO IPÊ SHOPPING MINEIROS

A persistência e a espera em Deus são as melhores amigas de um sujeito de sonhos. No Salmo 27, verso 14, a bíblia nos convida a isso: “Espera pelo senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo senhor.”  Os dez anos do Ipê Shopping são fruto de uma caminhada pautada na persistência, mesmo diante das dificuldades e da espera que Deus estará sempre preparando o melhor para nós.

Hoje entendo que celebrar estes dez anos do Ipê Shopping é tempo de alegrar-nos com as pessoas que colaboraram com este empreendimento. Pessoas que efetivamente ofereceram seus esforços para que este lugar pudesse se tornar, como é hoje, uma referência para o lazer, o encontro e onde se pode encontrar diversos serviços de qualidade.

Entretanto, não podemos deixar de fazer memória deste tempo e perceber que o tempo é de Deus, pois às vezes não somos capazes de entender, nos momentos mais exigentes, a sua Providência, quase que como um milagre. Sei que tive que aprender que Ele nos conduzia para a alegria deste dia.

Vejam, Jesus era conhecido como “filho do carpinteiro”, mostrando assim a grandeza e a dignidade do trabalho humano, ou seja, todos os operários, funcionários e comerciantes podem se orgulhar por este dia celebrativo dos dez anos da criação do Ipê Shopping, pois desenvolveram suas atividades, neste local, praticando o bem e aperfeiçoando-se, e mais ainda, promovendo assim o progresso de nossa querida cidade de Mineiros. (Maria Luzia)

IPÊ SHOPPING, UM PONTO DE ENCONTRO DA SOCIEDADE

Inaugurado em 2011, o Ipê Shopping é um lugar para se divertir, se sentir bem, fazer compras, conhecer novas pessoas, passear com a família, se sentir em casa todos os dias. Conta com uma área diversificada para atender os mais diferentes desejos, entretenimento para adultos e crianças, shows e exposições.

Vale dizer que dentro do shopping funciona uma das conceituadas redes de supermercado do Brasil, o Bretas; um cinema e diversas lojas que se diversificam a cada ano.

Você esteve presente em todas as etapas deste sonhado projeto. Por que a opção do grupo Le Caravelle em instalar um shopping na cidade de Mineiros?
Maria Luzia – Como sou mineirense é óbvio que meu foco principal era trazer o empreendimento para minha cidade, ajudar meus conterrâneos. Seria incoerente levá-lo para outro município, onde não tenho laços afetivos. Foi feita uma pesquisa de mercado e os resultados foram satisfatórios, pois Mineiros se destaca pela sua localização e mercado, contudo, não podíamos implantar um empreendimento maior que nossa capacidade de logística. O agronegócio, a indústria, a saúde e educação são nichos de mercado pujantes aqui. Atrai grande número de pessoas de cidades circunvizinhas, fazendo com que Mineiros se torne um promissor centro econômico, polo de geração de emprego e de oportunidade para quem quer investir.

Quais as maiores dificuldades enfrentadas para trazer o Ipê Shopping para Mineiros, tendo em vista ser uma cidade interiorana?
Maria Luzia – Acredito que o maior desafio foi criar uma nova cultura na cidade, construir um destino de entretenimento e lazer, compras e alimentação. A população logo abraçou o shopping e acolheu cada nova operação inaugurada. Vender a cidade como oportunidade para os grandes “players” do varejo foi o segundo maior desafio. Mineiros ainda estava relacionada no ranking ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers) como o menor município brasileiro com um empreendimento desse porte.

Vale ressaltar que o apoio do Governo Municipal foi importante para superarmos os momentos mais difíceis nesse período.

Por que a escolha do nome Ipê Shopping?
Maria Luzia – A escolha do nome não foi exclusivamente feita pelos investidores. Na época, eles consideraram que seria importante dar a oportunidade para a comunidade local escolher a denominação através de um concurso cultural. Foram distribuídas quatro urnas pelos principais pontos comerciais da cidade, com a opção de quatro nomes previamente sugeridos por eles. Ipê Shopping foi o mais votado. O nome Ipê foi indicado para a lista de votação porque entre o grande universo de plantas nativas do país, a espécie sempre foi considerada a árvore que representa o cartão postal de Goiás.

Também foi indicado para seguir a tradição de alguns shoppings de referência em Goiás com o nome de árvores: Shopping Bouganville, Buriti Shopping, Flamboyant Shopping.

Curiosamente, no dia 7 de dezembro de 1978 a lei nº 6507 veio declarar a flor do ipê como símbolo nacional.

Depois de dez anos como está o funcionamento do shopping?
Maria Luzia – Tivemos muitas dificuldades em encontrar empresas com experiência nessa área para vir administrar e comercializar o Ipê Shopping. Todas que foram contratadas não se disponibilizavam a fixar residência em Mineiros. Vinham de 15 em 15 dias. Dessa forma as coisas não funcionavam, porque a administração e comercialização de um shopping precisa ser através de um trabalho diário e de muita dedicação.

Depois de nove anos de batalha encontramos uma empresa que se propôs a vir morar em Mineiros e desenvolver o trabalho tão almejado pelos investidores. Hoje, o Ipê Shopping está sob a administração da Abl Prime, empresa sólida e com know-how de mais de 25 anos de trabalho em dezenove shoppings em seu portfólio. O superintendente que administra o Ipê Shopping, David Barbalho, mudou-se pra Mineiros com sua família, justamente para dedicar-se exclusivamente à missão de trazer resultados para o seu crescimento.

A Abl Prime, através da sua experiência na administração de shoppings centers, em poucos meses de trabalho já mudou o cenário do Ipê Shopping, desenhando também as estratégias para os próximos dez anos. O mix de lojas foi revisto e planejado para atender a cidade de Mineiros e, apesar da pandemia, os negócios não pararam. A meta é entregar em 2022 um shopping que a cidade sinta prazer em visitar, tenha orgulho dessa empresa e possa testemunhar que, apesar de tantos desafios, valeu a pena acreditar.

Qual a relação do Ipê Shopping com a Fundação Coccinella?
Maria Luzia – Na mesma época em que projetei a construção do shopping estava também idealizando a construção da Fundação Coccinella, uma ação social para abraçar a população carente de Mineiros. As duas empresas não possuem ligação direta, apenas a minha ponte de atuação em ambas. Além disso, os investidores prometeram, desde o início, doar uma porcentagem dos lucros do centro comercial para a manutenção da Fundação, quando o centro for autossustentável e gerar lucros que possibilitem tal ação.

FUNDAÇÃO COCCINELLA TERÁ CASA DE APOIO À CRIANÇA

Um dos grandes projetos da Fundação Coccinella em Mineiros é a construção da Casa de Apoio à Criança, com objetivo de oferecer abrigo a crianças que vivem em situação de risco, abandono familiar ou vítimas de todo e qualquer tipo de violência física e psicológica.

A obra está sendo construída no setor Cruvinel, em um terreno de 1 hectare, com uma área edificada de 1.721,6 m², contando com dormitório, berçário, refeitório, auditório, salas de aula, brinquedoteca, consultório médico, espaço de convivência e muito mais.

O que é mesmo a Fundação Coccinella?
Maria Luzia – A Fundação Coccinella é uma entidade não governamental e de utilidade social. Toda sua renda é levantada através de doações e realizações de eventos.

A Fondazione Coccinella foi oficializada na Itália no dia 28 de abril de 2009, com recursos de 96 sócios fundadores, e posteriormente registada no Brasil, no dia 22 de junho de 2010, com o nome Fondazione Coccinella Onlus do Brasil.

Vale informar que os membros que me ajudaram a fundar esta organização beneficente na Itália, nem todos são investidores do Ipê Shopping.

Importante esse esclarecimento para que a população mineirense entenda melhor como surgiu a fundação e sua proposta social…
Maria Luzia – É importante esclarecer que os membros que me ajudaram a fundar a instituição na Itália nem todos pertencem aos investidores do Ipê Shopping, afinal, a fundação não tem ligação com a proposta de investimento da Le Caravelle. É um sonho à parte, meu, que felizmente teve o apoio de alguns amigos italianos. Aliás, nem todas as pessoas que doaram para fundar a instituição têm boas condições financeiras e muitos doaram do pouco que tinham por se sentirem convencidos de que poderiam contribuir para a realização do projeto aqui no Brasil.  E, mesmo que todos os fundadores fossem os proprietários do Ipê Shopping, não significa que a comunidade de Mineiros não possa contribuir. As crianças beneficiadas são as vulneráveis de nossa cidade; logo, nós deveríamos ser os maiores interessados no amparo das mesmas. Os fundadores nos doaram 1 hectare de terra nobre e 300 mil euros, abraçando um projeto que não terá nenhum retorno para o país deles. Seria importante a população mineirense também mostrar que abraça a causa e se importa com a questão social local, apoiando também o projeto.

Quero fazer aqui uma prestação de contas, demostrando transparência em todas as nossas ações. Os valores das doações até agora são: 1.423.074,01 (um milhão, quatrocentos e vinte e três mil, setenta e quatro reais e um centavo).

Desse valor 1.060.735,13 (um milhão, sessenta mil, setecentos e trinta e cinco reais e treze centavos) corresponde a doações da Itália e 362.338,88 (trezentos e sessenta e dois mil, trezentos e trinta e oito reais e oitenta e oito centavos) são doações do Brasil. Vale ressaltar que, desse total, somente 25% foi doado por brasileiros. Todo esse montante foi investido nas obras de construção da Fundação Coccinella.

Como você tem lidado com a burocracia brasileira, sobretudo no que diz respeito a investimento e execução de projetos?
Maria Luzia – Infelizmente vivemos num país extremamente burocrático para quem quer trabalhar corretamente. Vocês não imaginam a dificuldade para trazer os 300 mil euros que recebi como doação para as obras da fundação em Mineiros. Na época, esse valor correspondia a quase R$ 1 milhão e era suficiente para a construção de toda a sede.

Porém, nem sempre nossos objetivos saem como planejado. Após quase cinco anos de batalha oficializamos a abertura da fundação na Itália e vim para o Brasil muito entusiasmada, pensando que iria construir todas as obras físicas em poucos meses. Aí surgiu outro problema. A burocracia brasileira me tomou muito tempo para transferir legalmente o dinheiro para o país. Com isso houve a desvalorização na moeda, o custo do material de construção e a mão de obra subiram muito. Moral da história: O dinheiro que eu tinha conseguido foi insuficiente para a construção das obras. Essa é a nossa realidade.

A luta continua?
Maria Luzia – Claro que sim. Desistir não faz parte do meu modo de vida. Fiquei muitos anos tentando ajuda para completar o dinheiro da obra, mas muitas pessoas diziam que eu não estava conseguindo ajuda porque sem uma estrutura os mineirenses não acreditariam no projeto. Foi aí que eu resolvi iniciar a construção mesmo sabendo que o dinheiro era insuficiente, de modo a estimular a população. Infelizmente, já se passaram alguns anos e a comunidade de Mineiros continua esperando os italianos terminarem a obra. Estou fazendo a obra graças ao contínuo apoio de alguns deles e com algumas pessoas de Mineiros que agiram diferente da maioria: generosamente quando bati na porta deles não me negaram ajuda. Isso me dá muita força para continuar e saber que mesmo estando decepcionada com a falta de apoio da maioria, preciso separar o joio do trigo a agradecer de coração a todos que têm nos apoiado. Existe, inclusive, pessoas que não podiam contribuir com dinheiro, mas contribuíram com a mão de obra do seu trabalho, com seu suor. Isso é divino, é maravilhoso. É essa força e energia positiva que nos movem e nos fazem seguir em frente.

Como está o andamento das obras hoje?
Maria Luzia – Estamos tocando a obra lentamente graças a algumas doações que consigo na Itália e algumas pessoas de Mineiros, que se interessam pelo projeto.

Gostaria de agradecer a todos que fizeram e fazem doações individuais para a Fundação Coccinella. Não poderia citar o nome de cada um agora, mas todos estão em minhas orações diárias e Deus sabe quem são eles. Isso é o suficiente.

Agradecimento especial ao grupo São Matheus, que nos doou todos os materiais e mão de obra do acabamento do berçário. Agradeço a todos os outros grupos que nos ajudaram na realização de campanhas e doações: Grupo São Tomé, Grupo Celeiro da Paz, os dois Rotarys de Mineiros e suas Casas da Amizade, o Lions Clube, Lojas Maçônicas e Colmeia. Aos profissionais que doaram os projetos: Eudes Assis Carvalho Filho (projeto arquitetônico), Fernando Resende Silva e Geovane Luciano Lima (projeto estrutural), Ado Vilela Barbosa (projeto elétrico), Herbert Santos Costa (projeto hidráulico), Gabriela Silva Rezende e Tatiana Resende Souza Silva (projeto de acabamento). Ao pedreiro Reginaldo Lopes Teixeira que, além de doar uma parte da sua mão de obra, nos orienta para diminuir custos e cuida da construção como uma espécie de guardião. Também à Solução Contábil (Nilso e Rocksania) que, com muito carinho, faz a contabilidade sem nenhum custo e a Medeiros Advogados, que faz a assessoria jurídica, também como doação.

Vale registrar, também, que quando inauguramos o Loteamento Michelangelo, foi doado em forma de devolução pela imobiliária Ideal, 1% de comissão por cada lote vendido. Essa parceria foi de grande valia para a obra. Fica aqui meus agradecimentos à Ideal pelo apoio, que foi fundamental para o início das obras e instalação deste importante projeto social em Mineiros.

Deus na sua infinita misericórdia abençoe eternamente cada um de vocês!

Assim que as obras físicas forem concluídas, vem o funcionamento do projeto. Como a Fundação Coccinella pretende colocá-lo em prática?
Maria Luzia – Vamos buscar a parceria com o Conselho Tutelar de Mineiros, pois nenhuma criança poderá participar do projeto se não vier encaminhada pelo Promotor e/ou Juiz da Infância. Inicialmente serão disponibilizadas 80 vagas de moradia para crianças de 0 a 14 anos e 120 vagas para crianças da comunidade carente, com programas de reforço escolar, aulas de informática, inglês, música, arte, cultura, ballet, futebol, vôlei, karatê, judô, bem como tratamento psicológico e odontológico. Portanto, serão muitas famílias beneficiadas. Enquanto os pais trabalham, seus filhos estarão seguros e assistidos por profissionais de todas as áreas. Todos os recursos da Fundacão Coccinella serão provenientes de doações vindas dos sócios mantenedores, comunidade, empresas e convênios com o Estado e Município. Também serão desenvolvidos programas de parcerias com as faculdades locais nas áreas de odontologia, pedagogia, agronomia, educação física, psicologia, etc.

Vão ser criados grupos de voluntários para trabalhar em todas as áreas de atuação da fundação, assim como já existe hoje o grupo de voluntários para auxiliar em todos os eventos culturais e beneficentes ligados a fundação que realizamos.

A Fundação Coccinella veio para fazer valer os direitos das crianças, suprindo suas necessidades com amor e assumindo a responsabilidade que nos cabe diante da realidade em que muitas delas se encontram.

MICHELANGELO, O BAIRRO QUE FAZ HISTÓRIA

Morar bem é uma arte. O Bairro Planejado Michelangelo é um complexo imobiliário inteligente, inspirado nas obras de grandes nomes do movimento artístico e cultural italiano.

Vem daí a estratégia de construir um local criativo para que você e sua família desfrutem de uma vida plena com muito conforto, comodidade, praticidade e bom gosto, em harmonia com a natureza.

Outro grande projeto do grupo Le Caravelle em Mineiros é o Loteamento Michelangelo. A senhora poderia detalhar mais sobre ele?
Maria Luzia – O Michelangelo é um núcleo urbano planejado que representa a maior intervenção urbanística em loteamento aberto já feita na cidade de Mineiros. Foi planejado com um circuito de ruas privilegiando a baixa velocidade do tráfego motorizado, o que permite mais sossego e segurança aos moradores. Praças e ruas em homenagem a artistas italianos, especialmente os que se destacaram no rico período cultural conhecido como Renascimento. Áreas verdes doadas ao Município, que poderão integrar um futuro parque, com acesso livre à população, tornando-se um lugar agradável e de qualidade propícia à convivência entre as pessoas.

Quem visita o Loteamento Michelangelo fica impressionado com sua composição e infraestrutura moderna, não é mesmo?
Maria Luzia – Sim. Ele é composto por lotes comerciais na Avenida Ino Resende (Coqueiros) e na Avenida Ernesto Elias de Rezende, temos os lotes residenciais e áreas planejadas para edificações verticais. A antiga sede da fazenda está em estudo para um empreendimento que possa agregar valor para a região e um hotel que está em fase de planejamento. Esse empreendimento deverá acontecer no momento em que a cidade comportar uma marca já consolidada neste seguimento (Franchising) para somar com os atuais hotéis que temos na cidade.

O loteamento foi entregue com toda infraestrutura de água, galeria pluvial, rede de esgoto, energia, asfalto e meio-fio. Todas as calçadas são ecológicas, sendo uma parte em grama e a outra em paver.
O plano urbanístico possui vários detalhes e alguns merecem destaque. As casas são construídas com recuo frontal e lateral. Fachadas com 50% de elemento vazado e os muros em formato padrão, da mesma altura, trazendo uma harmonia visual para todas as edificações.

Dentro do projeto está programada a construção de quatro praças, sendo que uma já está pronta e outra aguardando aprovação da Prefeitura de Mineiros para ser iniciada. Esperamos ter todo o loteamento urbanizado em breve, para que possamos construir e entregar todas as praças, evitando assim maior sujeira e garantindo maior cuidado em todas as áreas vagas no loteamento. Infelizmente alguns proprietários não cuidam de seus terrenos (lotes), ocasionando sobrecarga de manutenção por parte do loteador.

Houve alguma dificuldade para implantação do loteamento, tendo em vista seu projeto inovador?
Maria Luzia – Isto acontece em toda mudança, em toda transformação. Já era esperado que encontrássemos algumas resistências para a aceitação do Plano Urbanístico do Loteamento Michelangelo. De uma parte é compreensível essa dificuldade, tendo em vista que, sendo uma novidade na cidade, precisava de um tempo para sua assimilação.

É muito importante que os clientes entendam a importância de suas regras de construção, porque os benefícios compensam o esforço. Imagine morar em um bairro que não tenha nenhum tipo de comércio dentro dele? Sem comércio teremos menos fluxo de caminhões que fazem entregas de cargas e descargas, gerando menos poluição e menos ruídos provocados pelos motores. Imaginem residir numa área onde os carros que circularem são somente de moradores ou de algum visitante, porque a via que liga um setor ao outro é específica.

Num loteamento onde não se é permitido edificações comerciais, oferecendo ao morador a certeza de que jamais será vizinho de uma empresa que provoque rumores e poluição, com um trânsito seguro, sem maiores transtornos para sua família.

Embora tivemos alguns clientes com dificuldade para construir dentro das normas, estamos muito orgulhosos com a grande maioria que demonstraram muita aceitação ao Plano Urbanístico e não tiveram nenhuma dificuldade em edificar suas casas. Muitos até elogiaram o projeto, dizendo que escolheram morar no setor justamente pela organização.

Queremos deixar nossos agradecimentos àqueles que com muita sabedoria e sensatez entenderam a importância de termos um bairro organizado, onde todos podem desfrutar dos benefícios em comum. Esse mérito também vai aos engenheiros e arquitetos, que são parte importante desse resultado. Obrigada a todos e nossa eterna gratidão pelo apoio no cumprimento do Plano Urbanístico do Loteamento Michelangelo.

Ainda existem lotes para comercialização?
Maria Luzia – Sim, os empreendedores reservaram a última etapa para aguardar uma melhora da economia e logo em seguida veio a Pandemia. Mesmo assim, muitos lotes foram vendidos e ainda temos alguns para comercialização.

Você sofreu decepções nesses dez anos de atuação comercial em Mineiros?
Maria Luzia – Foi um período de grande aprendizado. Infelizmente, após várias decepções, aprendemos que não podemos confiar em alguns seres humanos. Essa é uma realidade muito triste, mas que não tem como ser ignorada. Observei que os investidores do Ipê Shopping não foram bem recebidos em Mineiros, não por parte do poder público, que dentro do possível fez sua parte e nos acolheu bem. Digo por parte de alguns comerciantes locais que, ao invés de somar forças com nosso projeto, sempre demonstraram um sentimento ruim com a nossa chegada. Uma espécie de inveja, ciúme, falta de abertura, de receptividade.

O normal quando recebemos alguém em nossa casa é dar boas vindas, tratar bem. Em Mineiros, por parte de algumas pessoas e até grupos que atuam na área comercial, fomos apedrejados como se estivéssemos cometendo um crime na cidade. Se achando os “donos do comércio”, eles sempre atuaram e continuam atuando com a concepção de que em Mineiros não há espaço para o novo, para o moderno, para “gente de fora”, para coisas boas. Em seus “casulos” não refletem ainda hoje que a chegada de novas e grandes empresas movimenta a economia local, gera empregos, novas opções de negócios, atrai clientes de outras cidades, possibilitando o crescimento de todos.

Não era isso que imaginei quando busquei esses investimentos fora do Brasil. Pensei que seriam recebidos de outra forma. Hoje eu entendo o que está por trás de tudo e quais são os interesses que o movem. Nesta entrevista preciso esclarecer tudo isto, abrir meu coração, estabelecer a verdade dos fatos.

A turbulência vivida pela economia brasileira nos últimos dez anos afetou os projetos do grupo em Mineiros, uma vez que os investidores são de outro país?
Maria Luzia – Muito do que foi planejado teve que ser adiado por problemas na economia do Brasil. Soma-se a isto o que detalhei anteriormente. “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.” – Confúcio. Atualmente, o grupo Le Caravelle está na iminência de abrir mais duas novas empresas, o que possibilitará criar mais vagas de empregos e geração de impostos, beneficiando toda a sociedade.

Quero deixar registrado o apoio que sempre recebemos da Prefeitura Municipal e dos clientes, que nos motiva a continuar caminhando e trabalhando por uma Mineiros melhor e mais progressista.

COMO VOCÊ DEFINIRIA ESSES 10 ANOS DE ATUAÇÃO EM 10 PALAVRAS

1 – AGRADECIMENTO:

“Acima de tudo agradeço a Deus que me sustentou, me guiou e me deu sabedoria para conduzir minha trajetória de vida sem nunca desesperar e sempre esperando Nele!”
“Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, Senhor, não desamparas os que te buscam”. (Salmo 9.10)

2 – GRATIDÃO:

“Gratidão aos italianos que instalaram o grupo Le Caravelle em Mineiros. Acreditaram no nosso município antes mesmo de conhecerem o Brasil. Antes do Ipê Shopping o cinema mais próximo estava a 100 km. Eles poderiam ter investido em outras regiões. Com muita seriedade e respeito têm se esforçado para manter as empresas dentro da legalidade e cumprindo suas obrigações, inclusive acima dos padrões brasileiros. Algumas pessoas que procuraram lotes para comprar tentaram escriturá-los por valor menor, mas eles nunca aceitaram sonegar nem mesmo um real de imposto. Nossas empresas estão de portas abertas para qualquer órgão público investigar, quantas vezes julgar necessário. Jamais vamos trair a boa fé de quem acredita em nós.”

3 – PARCERIA:

“O Ipê Shopping tem a parceria do supermercado Bretas, como uma âncora permanente que dá sustentação ao nosso fluxo. Ao contrário das demais lojas, o Bretas não é inquilino, e, sim, proprietário de seu espaço no shopping.

Tivemos também os parceiros temporários, e aqui fazemos um agradecimento especial a ex-reitora da Unifimes, Ita de Fátima Dias Silva, e toda a sua equipe, que por um período usou nossas instalações como extensão dessa renomada instituição.

Agradeço imensamente também a parceria que sempre tivemos com a Prefeitura de Mineiros, que inicialmente instalou nas dependências do shopping o Vapt Vupt e, agora, está com algumas secretarias funcionando aqui. A Prefeitura de Mineiros sempre deu total suporte ao Ipê Shopping, no sentido de trazer o fluxo de pessoas, dando mais sustentação ao lojista. “Gente precisa de gente”. Nós somos a menor cidade do Brasil que tem shopping. Sem o apoio do poder público e da comunidade o nosso crescimento ficaria muito mais lento”.

4 – BATALHA:

“Nossa batalha diária sempre foi enfrentar a resistência e a perseguição de algumas pessoas do comércio local, que por ciúme tentam diminuir a importância do Ipê Shopping para Mineiros. Nunca vieram aqui saber quanto custa o m² dos nossos alugueis, mas, pelo prazer de difamar, fazem uma campanha contra, visando dificultar a vinda de novos lojistas para o shopping. Mas o bom empresário já percebeu quais são os objetivos desses ataques e consegue identificar quem são essas pessoas na cidade.

É normal uma empresa se instalar no shopping e, depois, por dificuldade, fechar suas portas. Isto acontece aqui em Mineiros, em Goiânia, em todos os lugares do mundo. Mas não apenas nos shoppings, ocorre em qualquer ponto comercial.

E por que isto acontece? É fruto da má gestão. Tivemos exemplos disso no Ipê Shopping, de lojas que ficaram aos cuidados de funcionários, sem receber a assistência e atenção necessária de seus donos. Depois, quando os resultados não vieram, colocaram a culpa no locador do espaço e queriam ficar por anos sem pagar por nada. Toda empresa precisa de gestão eficiente, de criatividade, de atendimento, de estratégia comercial. Precisa do toque especial e do amor do seu dono.”

5 – GESTÃO:

“Nesses dez anos passei grande parte da minha vida dentro do shopping, onde tenho meu escritório de trabalho. Mas nunca fui sua administradora. Desde o início foram empresas de Goiânia que cuidaram disso. Eu fico com a administração geral do grupo. Atualmente, estamos na quinta empresa administradora e, dessa vez, passamos a obter ótimos resultados. É a primeira vez que uma empresa vem morar em Mineiros para dedicar-se em tempo integral ao Ipê Shopping.”

6 – CONQUISTA:

“Conquistamos, depois de muito trabalho, a credibilidade financeira com nossas empresas parceiras, fornecedoras e bancos, que no início ficavam temerosos em abrir suas portas para os empreendimentos do grupo Le Caravelle, por ser ela uma empresa estrangeira.

Hoje, finalmente, temos muita credibilidade, talvez pela seriedade com que o grupo italiano lida com as questões contábeis, financeiras e comerciais, pelas quais somos responsáveis.”

7 – ALEGRIA:

“Alegria por ter conseguido, apesar de tantas tentações, vencer os obstáculos, preservando a ética, a moral e a honestidade. Sou muito feliz por sempre prezar pela minha honestidade! Perdi inclusive muitos “amigos” por não me render a atos ilegais e ao “jeitinho brasileiro” de contornar tudo. Sou muito criticada por isso, mas não pretendo me render.”

8 – TRISTEZA:

“Um momento triste foi a perda de um sócio que gostava muito do Brasil e de Mineiros. Infelizmente, faleceu em 2020, vítima de um infarto.”

9 – HOMENAGEM:

“Aproveitando esse espaço de comemoração dos 10 anos do Ipê Shopping, não poderia deixar de homenagear todos aqueles que estiveram ao nosso lado desde o início deste empreendimento. Dentro da nossa empresa cada funcionário contribui para o sucesso do todo. O empenho de cada um faz uma diferença enorme no resultado.
Agradeço, hoje, em nome de todo o grupo, todos os funcionários que por aqui passaram em suas diversas áreas de atuação, e os que ainda estão conosco, em especial alguns com muitos anos de casa. Obrigada Marlene (nove anos juntos), Manoel Messias e Pauliane (seis anos). Parabéns pela perseverança e determinação. Que o Espírito Santo de Deus esteja presente na vida de cada um de vocês.”

10 – DEUS:

“Não tenho palavras para descrever Deus! Tudo que eu disser será insuficiente. Digo apenas que, sem Ele, eu não seria nem um décimo de um grão de areia. Deus é puro amor. Perdoa-nos em todos os momentos e está presente, basta procurarmos por Ele. Com Deus nos guiando, alcançaremos todos os nossos objetivos”.

MARIA LUZIA NA INTIMIDADE

A entrevistada da Olhaki, Maria Luzia Batista dos Santos, é natural de Mineiros-GO. Professora da rede estadual de ensino. Graduada em Psicologia, com especialização em Gestão Organizacional, pela Universidade Católica de Goiás.

Costuma dizer que “não foi a melhor aluna da escola”, mas que sempre deu o máximo. Nunca foi reprovada em nenhuma disciplina em toda sua carreira escolar. “Deus foi muito misericordioso e me deu uma inteligência tamanha”.

Morou em Mineiros até os 22 anos, transferindo-se depois para Goiânia, onde residiu por 17 anos. Após sua formação na capital goiana mudou-se para a Itália, onde passou seis anos de sua vida e criou novas perspectivas profissionais.

Embora tenha quatro filhos, nunca se casou. Costuma brincar com os amigos que ainda está a espera do seu príncipe encantado. “No passado eu não era atenta com as coisas de Deus e hoje não pretendo ter um esposo se não for para receber o sacramento do matrimônio. Se Deus achar que eu devo me casar Ele irá me encaminhar uma pessoa e preparar meu coração para recebê-lo. Se não acontecer irei aceitar sem me lamentar. Deus é o dono da minha vida, sigo e aceito o que Ele me determina!”, afirma ela ao ser questionada sobre o casamento.

Maria Luzia teve seu primeiro documento aos 11 anos, feito pelo saudoso padre Zezé, da Paróquia Divino Espírito Santo, igreja que frequenta até hoje por se sentir acolhida desde a infância. Só a partir do seu registro de nascimento pode se matricular na Escola Estadual Arquilino Alves de Brito. Entende que, até então, “era como se ela não existisse”.

Apesar da infância muito pobre, Maria Luzia sempre teve grandes sonhos e, dentre eles, a vontade de lutar pelas pessoas que sofrem com a desigualdade social, principalmente pelas crianças.

Sempre foi impulsionada por um passado que marcou sua infância de forma triste. Perdeu seu pai quando tinha apenas cinco anos e a mãe aos 14. Por certo, um livro inteiro não seria suficiente para detalhar seu sofrimento e sua história de superação.

Na sua carreira escolar, Maria Luzia teve grandes mestres e acredita que isto não aconteceu por acaso. “Eles deveriam estar ali no lugar e na hora certa, com as palavras certas”. Lembra-se do padre Joaquim Carlos Carvalho, seu professor de psicologia infantil no 1º ano do magistério. “Ele foi um dos responsáveis pela minha busca incansável de ajudar e acolher crianças. Foi e é para mim um exemplo de ser humano e, sem que soubesse, foi o pai que eu não tive, exemplo que eu tentei seguir e sou muito feliz por Deus ter me apresentado a ele,” conta Maria Luzia e, tocada pela emoção continua: “Acredito que ele não saiba disso, mas sempre me inspirei nele, mesmo à distância, porque depois de adulta não tive a coragem de incomodá-lo. Muitas pessoas têm a capacidade de ensinar com seus exemplos, sem precisar dizer uma palavra. Padre Joaquim é uma delas”.

Revirando seu baú de memórias, onde ainda guarda lembranças, nossa entrevistada reconheceu outros mestres que marcaram sua carreira estudantil, não lembrando o nome completo de todas. “Nossa, quanta saudade das professoras Genésia, Dercília, Maria José e Maria Pereira dos Santos. Como foi boa a convivência com elas! Seus conselhos de professoras e mães ainda estão nas minhas recordações”.

Por último, com a humildade que é uma de suas características, Maria Luzia afirma que gostaria de concluir este relato pedindo perdão a todos por suas falhas, inclusive a Deus. “Alguns me veem como uma pessoa muito rígida, exigente, pouco permissível, de pouco acesso e “brava”. Eu sou uma pessoa que preza muito pelas coisas corretas e, às vezes, algumas pessoas pretendem coisas de mim que não cabem nos meus conceitos de vida. Sou disponível a todos e a tudo desde que seja sem me vender em troca de algo que não é correto civil, moral e diante de Deus. Com fé Nele, em breve iremos abrir as portas para um grande sonho que é trabalhar na educação das crianças de Mineiros através da Fundação Coccinella. Esse é mais um motivo para eu prezar pelos bons princípios, pois todos nós, e, principalmente as crianças, aprendemos com o exemplo. Por fim, gostaria de aconselhar os mais jovens, cheios de sonhos, que se mantenham perseverantes em seus objetivos. Apesar de muitas dificuldades que a vida possa nos impor, a última coisa que não podemos fazer é desistir. Afinal, mesmo diante das diferentes realidades sociais seremos sempre os autores da nossa própria história”.

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