FOTO: ARQUIVO OLHAKI
Escritor Martiniano J. Silva, uma das personalidades mais lembradas pelos leitores da revista Olhaki. Nossa homenagem!
O escritor e advogado Martiniano J. Silva, atendendo um pedido da revista Olhaki, nos enviou uma síntese falando de sua história, a qual publicamos na íntegra: “Diga aos queridos leitores que não passo de um retirante nordestino de Poço da Pedra, em Casa Nova, Bahia, onde nasci e fui forjado nas canículas dos sertões, ali onde ia pra escola montado num jumento e aprendi o ABC baiano com o professor Mundoca.
Essa síntese é só pra dizer que me levaram pra Mato Grosso, de onde vim para Mineiros, atraído pelos amores de Chica, carinhosamente chamada Chica do Martim. Só pra dizer que virei advogado, professor universitário, membro da Academia Goiana de Letras, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, União Brasileira de Escritores, de Goiás, onde represento os escritores do interior, se é que…”
Só pra dizer que fundei a Academia Mineirense de Letras e Artes, da qual Marta Brandão é a atual presidente. Que presidi o Conselho Superior da Unifimes e fui vereador por dez anos. Fundei o Conselho Municipal de Cultura. A Ordem dos Advogados de Mineiros e Sudoeste Goiano, com sede em Jataí, da qual fui também conselheiro estadual. As homenagens recebidas são inúmeras, maioria delas fazendo parte da minha biografia, há muito sendo escrita pelo professor Benedito Joaquim.
Só pra dizer que transformei minha residência, onde morei com Chica por mais de 40 anos, em Casa das Relíquias ‘Martiniano/Chica’, destacada por placa na parede, onde guardo minhas lembranças e as da cidade, em cômodos anteriormente ocupados pelos escritórios advocatícios do Vasco, Kátia Rezende Silva e do escrevinhador. Casa das Relíquias é objeto de visitação pública, de estudo e pesquisa. Não esqueçam: estou na quarta idade, começada nos anos oitenta (80), perfazendo 87, atendendo a todos com o máximo de alegria.
Enfim, só para afirmar que já escrevi 23 livros, todos lançados em Mineiros, sendo os dois últimos Casa das Relíquias e Racismos na Pandemia. Não raro, continuo duvidando se poderia me definir um escritor. Creio que a arte dá sentido à vida.
Alguem escreveu: “A arte é necessária porque a vida só não basta”.