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Margarath Capurro: "Mesmo que houvesse interesse hoje, teríamos de começar praticamente do zero. A população de mosquitos foi retomada. Teríamos de refazer tudo para, numa outra etapa, fazer uma avaliação epidemiológica"
Bióloga da Universidade de São Paulo, Margarath Capurro espantou-se quando soube que o ministro da Saúde, Marcelo Castro citou a pesquisa de mosquito transgênico Aedes aegypti como uma arma promissora para conter epidemias de dengue, chikungunya e zika. "O trabalho está parado por falta de verbas", contou a bióloga, coordenadora do trabalho.
A interrupção ocorreu em setembro, depois de pelo menos quatro meses nos atrasos dos repasses. Com a interrupção, uma boa parte do trabalho que havia sido feito, se perdeu.
"Mesmo que houvesse interesse hoje, teríamos de começar praticamente do zero", conta. O projeto começou há três anos. Ele tem como ponto de partida o desenvolvimento de espécies transgênicas de Aedes aegypti. Tais espécies produzem filhotes que morrem antes de chegar a vida adulta, quando podem transm